21.12.06

REMIX!

Ah, nada como um dia após o outro (sempre com uma noite no meio) para que adquiramos novas virtudes ou defeitos. Vejam só: em alguns cartuns que eu fiz no século passado não tive a paciência de desenhar, além dos personagens, o entorno, o ambiente em que eles estavam. Até hoje eu olho para eles e sinto falta disso, dizia para mim mesmo que precisava corrigir essa falha, acho que mais por pressa do que por preguiça (ainda sou um sujeito muito preguiçoso, vejam por exemplo a freqüência com que posto aqui neste blog!)... Então aqui estão dois exemplos de cartuns que fiz que foram publicados, e que agora eu adicionei ambientes para que eles fiquem como eu gostaria que tivessem ficado na época!

1.2.06

Viva a Gordura!

Há um tempo resolvi criar um novo pseudônimo: Jô Gordo. Pseudônimos são tão personagens como personagens que desenhamos e escrevemos. Então quem é o Jô Gordo, autor das tiras Viva a Gordura? É um sujeito com problemas de peso, mas tem orgulho disto! Não consegue viver impassível nestes tempos do politicamente correto, as pessoas que o rodeiam vivem a recrimina-lo ou ridiculariza-lo por ser gordo e ter um estilo de vida pouco saudável. Então resolve descarregar sua revolta desenhando tiras em quadrinhos em que o personagem central (seu alter ego) vive a receber injúrias contra seu estado obeso, que cultiva com prazer. Por isso sempre reage contra as injúrias, saindo sempre por cima nas várias situações. Assim, Jô Gordo descarrega suas frustrações de, por ser uma pessoa tímida, não ser capaz de reagir na vida real como seu personagem reage nas tiras de quadrinhos! Clique aqui para poder conferir algumas tiras feitas pelo nosso herói!

13.1.06

Os Perus no Espaço!!!!!!!

Extra! Eis o primeiro episódio da saga dos mais intrépidos exploradores espaciais de toda e qualquer granja! Alienígenas visitam a Terra, abduzindo e fazendo experiências avaliando as possibilidades de evolução a partir de modificações genéticas de várias espécies nativas... Bom! Clicando sobre a página ao lado, a historinha aparecerá ampliada!

12.1.06

Guerra nos Confins!

Sensacional! A segunda aventura dos perus interestelares, em busca de novas formas de vida, de novas civilizações, audaciosamente indo onde nenhum peru jamais esteve!
*Atenção, petizada! Clicando sobre a página ao lado aparecerá a história ampliada com links para cada página!

3.1.06

Charlie Parker foi o maior astro do estilo de ritmos quebrados e melodias desentoadas da história do jazz: o bebop! Era tão idolatrado, que fãs imitavam seu estilo de vida auto-destrutivo, mergulhado em heroína, acreditando que assim conseguiriam tocar como ele. Morreu pelo vício aos apenas 34 anos de idade (o médico legista especulou que teria mais de 50 anos, por causa da aparência de seu corpo). Mas o que me interessa aqui não é a tragédia da sua vida. Por exemplo, dizia-se que Bird, seu apelido, lhe foi dado por causa da maneira que tocava, que podia voar através da decomposição das músicas por múltiplas notas. Bom, conheço outra história. Na sua época, os músicos faziam turnês atravessando o país de trem ou de carro. Durante uma viagem, o carro em que Parker viajava atropelou umas galinhas. Aparentando uma espécie de consternação, Charlie mandou o motorista parar e voltar com o carro ao local onde ocorrera o atropelamento. Para surpresa dos outros passageiros, ele saltou do carro, apanhou as galinhas, e voltou falando para prosseguirem viagem. Chegando a hospedagem, e carregando as aves, procurou uma cozinheira e mandou prepara-las para a janta. Não é que Parker comeu-as sozinho? A partir daí, seus colegas passaram a chama-lo de Yardbird (algo como ave de quintal, como galinha, pato ou peru). Com o tempo, abreviaram para Bird... Outra boa ocorrida durante uma viagem (desta vez, nada a ver com seu apelido): estavam passando por áreas rurais, cheias de fazendas, quando alguém comentou casualmente que lera um artigo afirmando que o gado apreciava música. Charlie Parker ordenou subitamente que parassem o carro em que viajavam, saltando uma cerca empunhando seu saxofone. Para espanto de seus companheiros, tocou durante vários minutos diante uma vaca atônita! Ah, os gênios! Acho que são mais humanos que a gente.