
23.12.05

6.12.05
Sempre considerei que produzir cartuns era sofrimento. Não sei se me entendem, mas eu não como que psicografo meus cartuns, há que se bolar, rebolar e rabiscar idéias e mais idéias, às vezes por horas, por dias até, sem obter sequer um resultado que me agrade... Quando acreditava que tinha alguma coisa, uma boa idéia, não era ainda assim o bastante. Precisava submeter ao Ota para que ele as aprovasse, e, enfim, eu desenhava as artes finais e eram publicadas na Mad. Mas e as outras que eu considerara boas, não eram de fato? Algumas eu ousei enviar a alguns salões de humor espalhados por aí, não custava nada, já tinha tido o trabalho de produzi-las e tal... Não sou exatamente uma pessoa que se possa considerar confiante, sou inseguro quanto ao meu trabalho, ainda por cima quando mostro a outras pessoas e elas não gostam. Mas não é que tive alguns desses trabalhos recusados que foram selecionados para alguns salões? Claro, nunca ganhei nenhum prêmio, nem mesmo uma mençãozinha honrosa, foram apenas agradáveis surpresas! Por exemplo, esta aqui que entrou na exposição da Primeira Bienal de Quadrinhos do Rio de Janeiro, nem me lembro em qual ano:
Os originais nunca me devolveram, mas a idéia continuou fresca na minha mente claudicante e pude redesenha-la. Mas outras piadas, miseravelmente, não foram aproveitadas em outros salões! Ó vida! Ó dia! Ó azar! Ó dúvida cruel! O que fazer para o jantar?
28.11.05
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